Vamos falar mais sobre Constitucionalismo, Poder Constituinte e federação?
A gazeta da liberdade de 14 de maio de 1787 anunciava: América ameaçada pela formação de um governo federal.
O jornal norteamericano continuava:
"Um grupo terrorista que
se auto denomina 'A Convenção Constitucional' agendou para hoje seu encontro na
Filadélfia. Seu objetivo é erradicar os “Artigos da Confederação” com o
propósito de 'formar uma União mais perfeita' e inserir todos os Estados em um
Governo Federal de um único país.
Embora a Convenção
alegue ter uma grande quantidade de seguidores, até agora apenas dois membros
chegaram e é aparente existir dissensão entre alguns dos membros mais
proeminentes.
Thomas Jefferson chamou
os Delegados à Convenção Constitucional de Assembleia de Semideuses. Jefferson
não estava entre os Fouding Fathers na Filadélfia, ele estava em Paris servindo
como Embaixador na França. John Adams também estava no exterior servindo como
embaixador na Grã-Bretanha. Samuel Adams, John Hancock não foram encontrados
para comentar. E ainda, Patrick Henry recusou um convite ele, e eu cito
integralmente, “sentiu cheiro de rato na Filadélfia, tendendo a
monarquia'".
Nem toda ideia nova é bem recebida no início o que não significa que não possa no futuro ser bem sucedida.
A Convenção da Filadélfia obteve consenso em torno de uma ideia que desagrava à muitos no princípio, qual seja, a Federação das 13 ex-colonias inglesas na américa do norte.
Segundo Akhil Reed Amar essa foi uma forma de eficaz de enfrentar a ameaça externa, os ingleses, e foi decisiva para firmar a independência das ex-colônias e formatar o os Estados Unidos como nós o conhecemos hoje.
A União foi o resultado de uma renúncia de soberania de cada um dos Estados que pactuaram a Federação e por óbvio encontrou muita resistência ao ponto de se atacar os federalistas como sendo "um grupo terrorista". Sem dúvidas houve um frontal rompimento com os modelos de Estado pensados para época.